Parque Alqueva : Quercus dá parecer negativo ao Plano de Pormenor
terça-feira, 28 Agosto 2007
A associação ambientalista Quercus revelou hoje ter dado parecer negativo ao Plano de Pormenor do Parque Alqueva, projecto turístico para Reguengos de Monsaraz, nas margens da albufeira.
O Plano de Pormenor do empreendimento, da responsabilidade da Sociedade Alentejana de Investimentos e Participações, liderada pelo empresário José Roquette, e classificado como de Potencial Interesse Nacional, esteve em discussão pública até ontem.
Em comunicado, a Quercus alerta para os "impactos negativos" do projecto, enumerando o abate de montado de azinho, a água necessária para os campos de golfe e o número "excessivo" de camas turísticas a criar.
O empreendimento vai ocupar três herdades, num território de mais de dois mil hectares.
http://www.dianafm.com/
Parque Alqueva: Autarca de Reguengos de Monsaraz contesta argumentos da Quercus
«Este é um projecto de tal forma importante para o concelho que sempre foi rigorosamente acompanhado. Cria 2 000 postos de trabalho e movimenta todos os agentes económicos locais, pelo que é imperioso que avance». Desta forma, Vítor Martelo resume a razão do apoio da Câmara de Reguengos de Monsaraz ao projecto turístico Parque Alqueva.
Em declarações ao Notícias Alentejo, o presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz acrescentou que o Alentejo, como todo o interior do País, precisa de desenvolvimento e de projectos como o apresentado pela SAIP – Sociedade Alentejana de Investimentos e Participações, liderada pelo empresário José Roquette.
Segundo o autarca, a defesa do ambiente é, inclusivamente, do interesse do promotor: «O contrário seria prejudicial ao desenvolvimento do projecto».
«É caricato falarem de falta de falta de água à beira de Alqueva», diz Vítor Martelo, acrescentando que os ambientalistas «quando falam em 17 mil camas esquecem-se de referir que se trata de um projecto que se prolonga ao longo de quase 20 anos».
http://www.noticiasalentejo.pt/
Tuesday, August 28, 2007
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1 comment:
1) A construção do Alqueva também prometia milhares de postos de trabalho.
Afinal quem (sobre)vivia nos contentores dos estaleiros eram imigrantes, muitos deles ilegais e obrigados a fugir encosta acima quanto (muito raramente) apareciam os inspectores de trabalho.
2)A instalação de 110.000 ha de regadio também prometia milhares de postos de trabalho.
Afinal os agricultores alentejanos que tanto choravam o Alqueva, venderam logo as suas terras aos espanhóis, que de Espanha trazem as máquinas, as árvores, a mão-de-obra e até o gasóleo.
Resumindo, apesar da construção do Alqueva e dos novos regadios o desemprego no Alentejo continua a aumentar.
Este projecto cria 2000 postos de trabalho na fase de construção à custa da perda irreversível da biodiversidade e da identidade regional apenas para uns senhores (os tais 100 cuja riqueza vale 22% do PIB) ficarem ainda mais ricos, sob o aplauso de autarcas populistas e tecnicamente incompetentes.
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