Introdução:
O texto que se segue (outros lhe seguiram as pisadas) foi
copiado do livro “Castelo do Alandroal
VII séculos”.
Pretendemos com os mesmos homenagear a memória de um grande
amigo: Vicente Roma”
Vários são os motivos que nos levam a divulgar algo que
escreveu sobre a sua terra natal
1º - Era um amigo
2º - Era um Homem digno
3º - Sempre lutou em prol de um Portugal melhor e acima de
tudo pelo Alandroal.
4º - Porque temos a
certeza que se ainda estivesse entre nós seria por certo um colaborador em toda
a acepção da palavra deste projecto que dá pelo nome de Al Tejo.
Assim sendo, e já que prematuramente nos deixou, resta-me
aqui deixar palavras escritas pelo Vicentinho, já que na actualidade não pode
fazer.
Resta-me apenas pedir desculpa a todos aqueles a que a
memória avivei, em especial ao Dino, por lhes recordar o nome de quem nos
deixou tantas saudades.
Descansa em
PAZ AMIGO
Xico
O usufruto de um
Castelo por uma população – o caso do Castelo do Alandroal e da Vila do
Alandroal
(Comunicação ao
colóquio do dia 5 de Setembro de 1998 Junta de Freguesia do Alandroal)
O Viajante que Chega
ao Alandroal
O viajante que chega ao Alandroal, vindo de Vila Viçosa, por
S. Pedro, não deixará por certo de se surpreender com a repentina aparição do
Castelo. Não o viu de longe e, agora, surpreendentemente, deparasse-lhe à sua
frente. Apesar da sua imponência não será preciso olhar para cima para o ver
bem. Dir-se-á até que tem que olhar para baixo. “Curioso”- pensará o viajante.
Esta sensação vai desaparecendo progressivamente, enquanto
vai descendo a Rua António José de Almeida e chega, digamos, ao sopé do Castelo,
no Largo da Matriz. Aqui olha para cima, pára. Repara então que o Castelo
aparece camuflado por edificações. « Fizeram as casas junto á muralha e é pena»
- diz para si próprio.
Descendo a Praça da Republica (antiga praça do Príncipe da
Beira – diz a placa toponímica) até à rua João de Deus (antigo caminho da
Fonte), confirma a observação e tem momentos em que sabe que estão ali o
Castelo e a Muralha, à sua direita escondidos. De repente, nua de casas, uma
torre aparece-lhe. A seguir, novas edificações se colam à muralha.
No seu périplo de contornar a muralha vai sempre encontrando
edificações que considerará espúrias até , que de novo, descobrirá uma Berta,
quando dá conta que está perante uma entrada na muralha. Aqui, pela primeira
vez, observa com alguma atenção o tecido urbano à sua esquerda. A vila desce,
desce a muralha, primeiro em curiosas escadinhas e depôs em rampas de
inclinação considerável, dando uma forma de ruazinhas estreitas e irregulares,,
todas elas a desembocar
perpendicularmente numa outra, também ela estreita , que corre
paralelamente à muralha mas a uma distancia já considerável.
Resiste à tentação de passar a porta que dá acesso à
fortificação e resiste à tentação de se perder nas ruas que descem à sua
esquerda.
O nosso viajante começa a pensar em duas ou três coisas ao
mesmo tempo: que, por este lado, o Castelo e a Muralha se apresentam ao alto,
parecendo-lhe agora como a vulgar ligação do adjectivo altaneiro ao substantivo
castelo faz sentido,
Passe a lugar comum.
Contudo, não deixará de pensar que, à primeira vista, o casario que escorrega
por aquela pequena encosta, o abafará.
Deve dizer-se que o nosso turista, porque de um turista se
trata, está constantemente a estabelecer comparações com outros castelos que
conhece: desde logo Monsaraz, que lá permanece, esse sim, altaneiro e,
dir-se-ia, incólume; Marvão, que está a mil metros de altitude e, tal como
Monsaraz, sem quaisquer edificações encostadas ao exterior da muralha; mesmo
Terena aqui ao pé…
Continuará o seu périplo o nosso homem, não sem antes ter
adiado a entrada na Muralha até tornar ao ponto de partida.
Novas casas agora mais baixinhas, como que respeitando-a.
Até um quintal que deixa ver oliveiras…Agora sim, a Muralha nua e crua à sua
frente, revelando-lhe a sua verdadeira dimensão.
Ei-lo agora quase no ponto de partida. Nova entrada para o
Castelo aparentemente mais importante. É seguramente a entrada principal, está
ali uma Igreja…cá fora, antes de entrar, não vê completamente a fachada da
Igreja. Passa então o arco e não deixa de considerar estranho que a Igreja irrompa
mesmo ali, em cima da muralha, abafando e sendo abafada por duas torres.
A palavra curioso volta a aflorar-se, à falta de outra
adjectivação, enquanto sente dificuldade em encontrar ângulo para fotografar,
em plano geral, a Igreja.
Penetra então no Castelo propriamente dito. Sobe a barbacã,
espreita por entre as ameias, trepa as torres. Torna a espreitar. Ruas
estreitas descem para a fortificação, perdem-se na Praça. Varandas, quintais,
chaminés, arcos, telhados. A um lado, edificações novas correspondem à expansão
natural do burgo. Lá em baixo, a fonte setecentista, curiosamente de lado para a
grande Praça.. Repara na Praça: é sem duvida, uma homenagem ao Castelo.
Aqui sim Há a largueza suficiente que serve de antecâmara ao
monumento.
A Praça deixa uma área non
edificandi entre o quarteirão onde
pontifica o edifício dos Paços do Concelho e as casas coladas Á muralha. Lá em
baixo, perto da Fonte, a Praça não termina, flecte para a direita, estreita-se
agora ligeiramente, nunca perdendo a muralha como referência, até que se
subdivide em ruas estreitas que escorrem pela encosta abaixo.
O nosso viajante olha ainda mais para cima e vê, sobreposto
ao casario, o campo, que parece ali estar como cenário. Oliveiras, azinheiras,
sobreiros….
Sobe então à Torre de Menagem, (não sabe que os
Alandroalenses lhe chamam apenas Torre, não a confundindo, apesar de tudo, com
as outras torres a que chamam torreões, sendo que aqui, ao contrário da regra,
o sufixo deixa de ter carácter aumentativo, aparecendo mais diminutivo que
nunca para destacar a importância da outra, simplesmente Torre).
Mesmo admitindo que o nosso visitante não seja especialista
em história, não deixaremos de compreender que ele ache espúrio o crescento que
se fez à Torre de Menagem: um relógio de quatro mostradores, sinos, um reboco
de um branco imaculado a contrastar com a patine
dos xistos.
«Que diabo! Um relógio?». Evita uma adjectivação mais
crítica e refugia-se mais uma vez, no vocabulário curioso, que serve, à falta
de melhor, para dar como compreendido o que não está. Acabou por deixar escapar
um comentário para o lado, como se estivesse alguém ao pé de si: «tem qualquer
coisa de árabe, a Torre. A Torre e tudo isto, as varandas solarengas, os arcos
tímidos, as chaminés desmesuradas, as escadarias empedradas, o traço levemente
sinuoso das ruas, no fundo pequenos rios afluentes que abriram caminho sem
geometria e confluíram num abraço à muralha para depois se ramificarem novamente
e começarem a escorregar até ao campo. De novo o campo, com azinheiras,
sobreiros, mato, olivais. Algumas hortas, searas em mosaico.
O nosso homem estava francamente fatigado de tanto subir e
descer íngremes e estreitas escadarias na sua visita ao Castelo. Estava também
um tanto ou quanto extasiado com os contrastes e quase perturbado pelas
interrogações, que não deixará de se colocar: « Os castelos estão quase sempre
edificados no cimo da elevação mais notória. Aqui não, está no meio da encosta.
Os castelos, na sua maioria, estão despidos de construções para terem mais
visibilidade. Aqui não, temos a muralha como parede de sala de estar, , de
quartos de meninos, do café, da oficina, da mercearia.
Nos castelos vulgares - escapou-lhe a palavra mas deixou-a ficar porque assim não considerava este – a
Torre de Menagem permanece intocável e nunca se refere a Torre sem dizer de
Menagem. Aqui não. Coloca-se-lhe um relógio e dividem-se as horas em quartos de
sonoras badaladas para balizar o tempo
dos alandroalenses em bocadinhos e -
pasme-se – repetem as badaladas das horas certas para aviso dos distraídos».
Estava já descer a rampa de entrada do Castelo (agora de saída)e olhando para
trás, sem contudo se deter, apercebeu-se que estava a dizer como se estivesse
alguém a seu lado: curioso, curioso, curioso….
Este poderia ser um relato, quase romanceado, de um
visitante e do seu Castelo-
UM CASTELO DIFERENTE
É natural e compreensível que muitas pessoas estranhem que o
Castelo do Alandroal esteja envolvido por um semi- anel
de edificações que, aparentemente. Lhe prejudica a imponência e lhe
retira aquela dignidade austera que caracteriza a maioria dos castelos.
Nos anos quarenta/cinquenta, em Portugal, uma onda
arquitectónica urbanística oficial varreu alguns pontos do país. Entre outros
desígnios, preconizava uma espécie de purificação das fortalezas, entendem-se
tal purificação como o despojo de construções que sufocavam.
Tal corrente foi então, e é hoje, objecto de apreciação contraditórias.
E se foi responsável por grandes
edificações públicas fê-lo , em muitos casos, à custa de destruição de
património edificado, evidentemente em nome da largueza de espaços e da
importância arquitectónica e funcional das novas construções e do rasgar
moderno de espaçosas avenidas.
O que tem tudo isto a ver com o Alandroal e o seu Castelo?
Provavelmente nada. Mas, tendo eu tido o atrevimento de aceitar o convite para
participar num conjunto de palestras comemorativas dos sete séculos do Castelo
do Alandroal, ao lado de investigadores de História e navegando eu noutras
águas que não são propriamente as da
investigação histórica, pareceu-me que não seria totalmente despiciendo uma
abordagem noutra perspectiva, ainda
dento das ciências sociais. Mais: a importância de um Castelo com o significado
do de Alandroal, nos dias de hoje, legitima outros olhares, seguramente e desde
logo, um espaço socioantropologico, de modo a retirar-lhe a visão exclusiva do
passado enquanto passado, típica destas análises.
AS visões do passado, enquanto passado, são importantíssimas
e as gerações actuais devem conhecer o passado, sobretudo o passado que mais
directamente lhes diz respeito.
E isto raramente acontece ao nível da vulgarização do
conhecimento histórico que, no fundo é qualquer coisa pela qual se tem respeito
cerimonioso que se tem pelas coisas mortas.
Todavia, na minha opinião, que aliás partilha de correntes
relativamente recentes, o conhecimento do passado, só por si, carece de vida e
a vida continua aí. Isto é: matar-se um
monumento cristalizando-o na
época em que terá tido o seu auge funcional. Desde logo, os castelos, que se
respeitam pela fotografia que nos dão de um passado. No fundo, no fundo respeitamo-los
por estarem mortos
Uma abordagem sociológica questiona esta visão que, no
limite, é o que apelidarei de paradigma
isolacionista do castelo do castelo feitiche
O que eu pretendo dizer com isto e, em ultima análise, qual
é o objecto desta modesta contribuição
para o ciclo de colóquios Castelos do Alandroal – VII séculos?
Em primeiro lugar defender a tese de que o aproveitamento
hodierno de um monumento como o do
Castelo de Alandroal não passa pelo sacrifício
de edificações eventualmente consideradas espúrias e que aparentemente
lhe retiram visibilidade,
Efectivamente estas edificações encostadas ao Castelo e à
Muralha não lhe retiram a visibilidade, mas conferem-lhe, sim, outra
visibilidade. A tese contrária seria
retirar história à história. Esta tese, se não existe agora, já existiu, e nada
nos garante que não venha a ser defendida.
Em segundo lugar, defender aquilo que aparece como corolário
da primeira tese: o que está, está, e como tal deve ser pontencionado. Por
outras palavras: a mais valia que os
Alandroalenses, ao longo de séculos, acrescentaram ao seu Castelo não pode, nem
deve, ser apagado da história.
Ela traduz a vida das pessoas que foram e são tão ou mais
importantes que aquelas que apenas que apenas por um esforço de abstracção poderemos
localizar em determinado período de tempo.
Evidentemente que no curto espaço desta conversa que
mantenho com os meus conterrâneos não é fácil aduzir um conjunto de argumentos,
num todo coerente, que levaria muito tempo a produzir. Nem tão pouco esta
reflexão resulta de anterior
investigação com mais rigor cientifico aplicada no caso em apreço. Mas é evidente
que resulta de outras reflexões produzidas em contextos equiparáveis e que se
poderiam sintetizar na afirmação de que as terras com o tal castelo-feitichev não passam de museus
mortos. E que os outros que desmitificam e desmitificam o castelo são comunidades com vida própria
ainda que muita gente não dê por isso.
Sacrificando embora a eficácia do discurso à oportunidade,
por um lado,, mas às limitações do momento, por outro, não resisto à pretensão
de focar com exemplos as linhas mestras subjacentes à tese proposta.
A vila do Alandroal não é uma vila acastelada, isto é,
existindo dentro do Castelo ou se quisermos da Muralha, e nunca o terá sido. A
vila sempre abraçou o Castelo e coexistiu com ele numa relação umbilical,
primeiro por razões de defesa militar e depois de defesa da comunidade enquanto
comunidade.
É sabido que muitas vilas que tiveram grande importância
estratégica, sob o ponto de vista militar, e que era essa importância
estratégica que lhes assegurava a existência, sucumbiram, quando, por ordem
natural do evoluir do processo histórico, as funções iniciais deixaram de fazer
sentido. Dois exemplos mais um: Marvão, Monsaraz e Juromenha. As duas primeiras
vilas, ambas acasteladas, no sentido que referi, perdendo a sua importância,
cristalizando no tempo. E se a primeira destas não perdeu a função
administrativa – Marvão ainda é sede de concelho - perdeu todas as outras. Já a
segunda perdeu-as todas, inclusivamente a administrativa. No primeiro caso,
para Santo António das Areias, no segundo , para Reguengos de Monsaraz, vilas
sem história.
O Alandroal não. É certo que o equilíbrio desta vila tem
sido instável ao longo da história e a sua pequenez tem sido uma constante.
Todavia, tem sabido fazer a gestão dessa instabilidade. Quero dizer: tem sido
possível a sua manutenção.,se quiserem preservação - em termos absolutos, ainda que em termos
relativos tenha perdido para sedes de concelhos vizinhos na variável económica,
à medida que o modelo ìa perdendo as características de auto suficiência.
O que é que isto tem a ver com o Castelo? Provavelmente
nada. Isto é, por outras razões, a povoação poderia ter sido o que sempre foi, e ser o que
hoje é, , mesmo sem o Castelo, tanto mais que o Castelo nunca chegou ao grande
público, isto é, nunca teve um
aproveitamento turístico que fizesse com
que a população ganhasse em notoriedade e em termos económicos com o fato de
dispor de um Castelo. Mas será difícil, para não dizer que o contrário seria um
mero exercício de realidade virtual, não ligar indissociavelmente a vila do
Alandroal ao Castelo do Alandroal.
Antes de ilustrarmos esta nossa exposição com uma incursão
histórica em abono do que dizemos, atenhamo-nos ao presente e àquilo que foi um
passado recente e que é também o passado de muitos que aqui estão e que têm
tido a paciência de me ouvir, (neste caso de o ler nota do editor).
Aquilo que o nosso turista-tipo cujo retrato.robot esbocei
na primeira parte desta conversa, acabou por classificar de curioso, traduz a ligação umbilical da
vila, isto é, das gentes, às pedras, ao seu significado. Por outras palavras: a
gente do Alandroal, ao longo dos séculos, na sua grande maioria, , talvez não
tenham sabido interpretar historicamente a importância da fortificação, tal
como nas outras terras, evidentemente…Mas terão seguramente sentido, sublinho
sentido, essa indelével ligação. Porquê? Porque estas coisas não precisam de ser sabidas para serem sentidas, isto
é, para serem interiorizadas.
O que acontece, e que tem acontecido de facto, sem
artificialismo promocionais, é que, naturalmente as pessoas do Alandroal nascem
a olhar para o Castelo e, de há um século para cá, a ouvirem as horas do
relógio. As pessoas do Alandroal vivem o Castelo sem ser preciso mistificá-lo.
E tanto que vivem que se servem dele no quotidiano, isto é, utilizam-no,
usufruem dele. Aproveitam-lhe as paredes colocando-lhes habitações, oficinas,
lojas, escritórios. Deixaram-lhe espaços livres em quintais e varandas, tanto
no interior como no exterior; construíram-lhe uma Igreja e, séculos mais tarde
ampliaram-na até ao limite da Igreja Matriz.
No Castelo enterraram-lhe os seus mortos – que mais importância se dar aos mortos?
Fizeram e fazem festas em que a realogilidade tout court
se mistura com a
realogilidade popular.
Construíram-lhe uma cadeia para punição dos malfeitores e
adoptaram mesmo o interior de uma torre para a cela mais inexpugnável do
estabelecimento prisional. Por ela passaram, ainda que em transito, homicidas,
e simples ciganos e contrabandistas, num passado muito recente,
Aquilo que para alguns olhos deveria ser evitado,
institucionalizou-se. Isto tem implicado que
o Castelo e a Muralha, perdidas as suas funções de natureza militar,
tenham adquirido outras: desde sempre,
sem duvida, a religiosa; a habitacional (há muitos anos que vivem dentro
e encostadas à muralha muitas famílias); a comercial (desde que os mais velhos
alandroalenses se lembram , sempre a Muralha ofereceu ao comércio e aos
serviços o seu amparo); até as funções lúdica, cultural, educativa e
administrativa estiveram adentro da muralha
(dentro da muralha funcionou uma Escola Primária, existiu a sede da
Banda Municipal Alandroalense, onde havia bailes, espectáculos, cinema, se via
televisão; ainda hoje há espectáculos noutro espaço, no carinhosamente chamado
Quintal do Relógio).
Um aspecto curioso e que pouca gente associará ao Castelo é
a Festa de Touros, incontornável no Alandroal. Não é só pelo facto de as
touradas se realizarem perto da Muralha mas, sobretudo, porque já se realizaram
lá dentro. Livros das Visitações falam disso. Um pormenor curioso e que se
conta em meia dúzia de palavras é o registo de graves prejuízos materiais que
as touradas causavam na Igreja com as investidas dos cornúpetos e dos valentes em fuga. Foram tomadas
medidas severas para evitar tais desvarios que haviam chegado ao conhecimento
das autoridades eclesiásticas que entenderam por bem pôr-lhes cobro.
Estar na Praça da Republica, no Alandroal, em alguns
recantos, é sempre ter o abrigo protector dos frios Invernos e a reconfortante
sombra do impiedoso verão alentejano. Estar na Praça é estar a olhar, sem
querer, para o conjunto Torre- Castelo-Muralha. Para o pormenor da marcha
inexorável do tempo.
Quando eu andava na Escola Primária, desenhava o Castelo
vezes sem fim e os meus companheiros de classe faziam o mesmo. O Castelo, a
Torre e a Muralha estão presentes em símbolos, logótipos, nome de empresas,
associações.
É impossível que um artista plástico, fotógrafo, jornalista,
tenha que dizer algo sobre o Alandroal que não tenha como modelo e referência o
tríptico Torre – Castelo – Muralha.
A seguir : O CASTELO DOALANDROAL E DOIS ALCAIDESCANTADOS NOS
LUSÍADAS
No comments:
Post a Comment